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Mostrando postagens de setembro, 2008

um a um

Eu não quero ganhar Eu quero chegar junto Sem perder Eu quero um a um Com vocêNo fundo Não vê Que eu só quero dar prazer Me ensina a fazer Canção com você Em dois Corpo a corpo Me perder Ganhar você Muito além do tempo regulamentar Esse jogo não vai acabar É bom de se jogar Nós dois Um a um Nós dois Um a um Nós dois Um a um Nós dois Eu não quero ganhar Eu quero chegar junto Sem perder Eu quero um a um Com você No fundo Não vê Que eu só quero dar prazer Me ensina a fazer Canção com você Em duo Pouco a pouco Me perder Ganhar você Esse jogo não vai acabar É bom de se jogar Nós doisUm a um Nós dois Um a um Nós dois Um a um Nós dois

rumar

... adicionar acionar, o mar o navegar, o lar admirar, mirar... olhar...o ar

Os palcos-bailados da rua

Domingo, 20 h. Cansado de refletir sobre a ausência de políticas públicas culturais e de tecer reflexões sobre os artistas urbanos, vou ao espaço da cultura projetado por Niemeyer. Hall do Centro Cultural São Paulo. Um aglomerado de gente chama a atenção dos que seguem em direção à bilheteria. Pego meus ingressos e me infiltro na multidão.No papel verde os dizeres: "Deixe aqui sua contribuição monetária e ajude a garantir minha sobrevivência. EM TROCA FAREI UMA LINDA DANÇA DIANTE DE VOCÊ". Entre as roupas espalhadas no chão, ao som de Cazuza e Bebel Gilberto, o bailarino faz a sua dança-declaração de amor. No fundo um aparelho de televisão e vídeo cobertos pelo pano preto. As fitas adesivas transparentes delimitam o palco do artista, criando algo semelhante a uma arena ou a um ringue, uma cadeira vazia e dois pratos brancos compõem o cenário. Com a respiração falha, com o rosto vermelho, o artista cria poças de água no chão encerado, por ora levemente suado. Ele pára e assist

O (I)MUNDO AMOR DE UMA NOITE [VIDA] VAZIA

[MADRUGADA] Era meio da madrugada quando bateram na porta. Fazia uma semana e meia que não se via a rua e não saia daquele quarto. Hesitou em abrir a porta, pois não queria perder um segundo longe da cama e do corpo que estava sobre ela. Levantou-se. Ficou alguns segundos, suspensos no ar, observando aquele amor vadio que descansava o corpo, após longas horas de muito gozo. Veste-se e segue em direção a porta. Já não se ouviam mais batidas impacientes. Olhou pelo olho-mágico e lá estava ele: calado e sem graça pelo tempo que ele ficou longe. Olham-se, por alguns minutos. Convida-o para entrar. Nenhuma palavra. O tempo e a distância tornou-os desconhecidos. Ela vai até o quarto, abre a carteira e pega seus últimos R$ 5,00. Volta à sala e lhe dá o dinheiro. Pede para que vá embora. Surpreso com a recepção, ele aceita o dinheiro. Levanta-se e num rompante vai em direção ao quarto. E lá está o corpo nu, que inerte ao cansaço e ao mundo exterior, simplesmente dorme... Ela, Jezeb

menino de barro

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menino de barro Upload feito originalmente por maitefreitas Empoeirado, perdido no tempo, achado no canto do coreto lá está o menino. A vida lhe coça a curiosidade de fazer-se em arte, para afirmar-se no tempo. Sem cola, sem escola o menino elabora as frase para dividir um pouco da sua vida. De barro, cansado, sem bairro. Braços cruzados, coluna cansada de carregar a noção de tempo, ja perdida. Pergunto ao menino: "há quanto tempo você habita a praça?", ele pára, pensa, tatea o vento afim de encontrar a resposta: "5 ou 6 anos, não sei direito" O menino-guri perdeu-se de suas raízes, perdeu-se no tempo da cidade que corre, e não socorre os meninos que se predem no labirinto monocromático dos prédios e vias da neurópolis.

funambulando

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fios Upload feito originalmente por maitefreitas o funâmbulo perambula pelas ruas cinzentas e empoeiradas atrás de equílibrio. Na sua frente construções inacabadas,in-(e)-ternamente inacabadas na cidade que se faz em andares... o funâmbulo encontra entre o céu e o chão a luz, que ainda apagada ilumina a estrada cinza de quem passa...