menino de barro


menino de barro
Upload feito originalmente por maitefreitas


Empoeirado, perdido no tempo, achado no canto do coreto lá está o menino.
A vida lhe coça a curiosidade de fazer-se em arte, para afirmar-se no tempo. Sem cola, sem escola o menino elabora as frase para dividir um pouco da sua vida.
De barro, cansado, sem bairro.
Braços cruzados, coluna cansada de carregar a noção de tempo, ja perdida. Pergunto ao menino: "há quanto tempo você habita a praça?", ele pára, pensa, tatea o vento afim de encontrar a resposta: "5 ou 6 anos, não sei direito"
O menino-guri perdeu-se de suas raízes, perdeu-se no tempo da cidade que corre, e não socorre os meninos que se predem no labirinto monocromático dos prédios e vias da neurópolis.

Comentários

Celeste Garcia disse…
Assim é viver em Neurópolis. Gente aparente e polida numa cidade impo(r)luta.
Ainda há a policromia de meninos-bairros, moças-esmolas...

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