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Mostrando postagens de abril, 2010

deixoxum

olhos se fecham gotas marejam mar-vejam janelas da alma se abrem pro eterno des-re-conhecido conhecimento co-tecido-mente consciente eixo me deixo lavar lava meu olhos, oxum minha emoção...

lavandar

lavandar... lavando... lava vá lá la vou la veio lavei velei levei vela leva rela levou reza lá vá anda lavandará dei deus dará lavanradei

verbete

perseverança per.se.ve.ran.ça sf ( lat perseverantia ) Qualidade de quem persevera; constância, firmeza, pertinácia. Antôn: inconstância fonte: dicionário aurélio

ensaio II - Atadura urbana

Nasce, morre-nasce, segue. Para aonde caminham os passos humanos, que aturdidos pela pressa da cidade buscam o sentido, muitas vezes monótono, da conquista? Eis que ela no piche contrasta e faz dos caminhos tabuleiros. Como num jogo, uns aguardam pelo sinal para fazer a travessia. Instalada como ponte no meio da cidade, cumpre sua função: estabelecer a ordem. O que seria do homem sem a faixa de pedestre? Pisoteada a cada envio de sinal, retas e branquelas colorem-se na efemeridade do ir e vir. Sapatos alheios à sua existência atravessam seus caminhos para cumprir com a rotina. Carros, ônibus, caminhões, motos, bicicletas passam-lhe por cima, a ignoram. Talvez, cada vez que o homem se omite de sua existência parte de si, se apague no compasso do tempo. Estática, guardiã de vidas sente os estilhaços e pedras no meio dos caminhos de uma cidade desnorteada. Concentra erros e acertos de homens que como heróis do cotidiano retornam ao ponto de partida. Ela, atadura, observadora silenciosa

gavetas fechadas

ouço: é preciso ser guardiã da palavra... você precisa estar atenta, ser aquela que guarda a palavra, a língua... frio na barriga. como se dentro de mim tremesse por inteira entendo a mensagem, agradeço. a palavra que se guarda... a pala...varre para longe as poeiras dos cantos pala...árvore que me conduz ao alto sem cair, visito os infernos vejo-os de cima observo parada, em silêncio não há nada para ser dito a um palmo desenho e aponto novas trajetórias histórias a palma... espalmo diante do espelho nada quebro a pala... larva a sinto jorrar dentro de mim: rubra força a pala...lavrar  labor meu de cada dia agradeço a missão de-ver tudo são escolhas, até o ato de não escolher eu escolhi lavro, amanho amanheço... amanso, domo o ímpeto observo, co-penetro o vazio nada nem escrito, tudo. apenas guardado.