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Mostrando postagens de março, 2008

próxima aos mestres

a um passo de ficar frente a frente aos mestres, de Hollanda a Moçambique...vejo a neblina embaçar os caminhos e trilhos que nos aproximam... esperança de encotrar e criar ventos que afastem a neblina e transpareçam as passagens para o nosso encontro. vinte minutos nem mais menos, esgotam-se as possibilidades convencionais e abrem-se as fronteira que coração-razão criam para achar a solução... a espera de estar de frente aos mestres e sentir a morte doce que vem do mar, nas palavras impressas e ora ditas nas terras em que elas passeiam... "o bom do caminho é haver volta. Para ida sem vinda basta o tempo." - mia couto

las portitas

Fecho a pauta, atravesso a porta aberta e observo da janela as folhas que balançam e dançam com o vento de outono... Curiosa, consulto o Aurélio e ele o define como declínio...para onde ele declina-s tão belo, tão fresco, tão frio, tão em segredo? Para aonde dirigem-se as passagens, os transeuntes desta metropóle "caos-orgânica"? Para que a pressa? Por que tudo tão depressa? Correm os ventos e as águas que transbordam e abrem novos-velhos caminhos e revemos os mesmo problemas gestados pela pressa e descontrole humano em querer controlar o incontrolável...para onde vamos, quais serão os novos espaços? "(...) todo homem é uma ilha a ser descoberta ..." - José Saramago - Conto da Ilha Desconhecida

oração ao tempo

És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo tempo tempo tempo Vou te fazer um pedido Tempo tempo tempo tempo... Compositor de destinos Tambor de todos os rítmos Tempo tempo tempo tempo Entro num acordo contigo Tempo tempo tempo tempo... Por seres tão inventivo E pareceres contínuo Tempo tempo tempo tempo És um dos deuses mais lindos Tempo tempo tempo tempo... Que sejas ainda mais vivo No som do meu estribilho Tempo tempo tempo tempo Ouve bem o que te digo Tempo tempo tempo tempo... Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Tempo tempo tempo tempo Quando o tempo for propício Tempo tempo tempo tempo... De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido Tempo tempo tempo tempo E eu espalhe benefícios Tempo tempo tempo tempo... O que usaremos prá isso Fica guardado em sigilo Tempo tempo tempo tempo Apenas contigo e comigo Tempo tempo tempo tempo... E quando eu tiver saído Para fora do teu círculo Tempo tempo tempo tempo Não serei nem terás sido Tempo tempo tempo tempo..

coisas da vida

Nunca é igual se for bem natural se for de coraçãoalém do bem e do mal coisas da vida o amor enfim ficou senhor de mim e eu fiquei assim calado, sem latim coisas da vida como foi que eu cheguei aqui quem me diria que esse era meu fim olho no teu olhar a festa de estar de bem com a vida o luar girou a sorte me pegou tesouro te encontrarei sem garimpar no ouro da paixão na febre da paixão,estão em mim ser o senhor e ser a presa é um mistério, a maior beleza amor é dom da natureza amar é laço que não escraviza nunca é igualse for bem natural se for de coração além do bem e do mal, coisas da vida. . . [milton nascimento]

trans-forme-se

Semana de páscoa, soube ontem que páscoa significa passagem... Saindo do caos das festividades carnavalesca, sendo, transitando para a reorganização cosmorgânica da vida, do tempo... Outonando, para colher os frutos plantados na primavera... Estação, esta-ação, todos são, tudo são, todos estão dançando na contra-dança do tempo que insistimos controlar e descontrolar... Inicia-se um novo tempo, uma nova era, de pessoas de passagem, de pessoas de trans-forma-ações...para as novas-velhas gerações

despertando para transformação

Nuca descoberta, do quinto andar sinto o vento frio entrar pela janela... vejo a garoa e sinto como se o sol nascesse só para me aquecer, é um movimento sútil, interior, revelador, como a troca das estações... o verão dando lugar ao outono, tudo no tempo... um dia fazendo declaração a outro dia e uma noite mostrando sabedoria para outra noite...que venham as folhagem outonais! Tudo cria, tudo transforma...sem esforço...