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Mostrando postagens de maio, 2010
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ter

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o cheiro do incenso... terra terreno terreiro caminho sobre a terra em busca de... sereno ser-ameno apaziguar o grito co-viver-comigo co-criar com o outro contar com o outro cortar o que tenta me fazer incompleta atar o meu interior anterior a mim,  ele guarda o meu segredo respiro inspiro o cheiro da terra incensar... é trazer a terra para dentro de mim desaguando o que precisa ser lavado em mim aterrado chega de tanto erro inquietude o meu silêncio interno tudo que é in vem de dentro para dentro centro concentro preparo e trago pra dentro  o meu terreiro

indo...

as palavras perguntam o sentido sem ter ido, vejo o movimento nó que preso ao conhecido tenta desatar-se os olhos ardem o corpo dói pede para sair sair do lugar comum, do apego olho para o passado, sem saudade mas, cheia de questionamentos tempo...qual foi o nosso acordo? acordo, diante de mim flores numa parede lilás os olhos pesam a garganta dói, é muita omissão qual é a minha missão? escrevo... o que quero? observo quando quero? no tempo, certeza de que tudo chega mas, antes é preciso deixar ir o que tem de ir então vá vou para longe ainda posso observar-te não quero o ontem limpo os meu caminhos para receber meu novo horizonte

ensaio terceiro: O enigma demiurgo

Caro leitor,  não se espante. A narrativa pode lhe soar estranha, floreada, impressionista e inefável, contudo, para  o tema que me toca e me inspira faltam-me palavras e vivência empírica. Este texto trata-se de especulações sobre a morte. A história narrada é apenas fruto da imaginação, expressão de um inconsciente aflito por respostas. As passagens que aqui se encontram buscam apenas responder uma pergunta. O que é morte? Morte é passagem. O morto quando diagnosticado é levado para uma sala gélida, um acompanhante lhe veste, lhe maquia e em seguida seu corpo é acomodado numa caixa de madeira preenchida com flores. Fora da sala uma mulher de pele acinzentada, cigarros na mão, cabelos desgrenhados e óculos na ponta do nariz observa a jovem de saia florida, olhos inchados e rosto avermelhado. A jovem lê atentamente o livro “A alma nunca morre”. Tudo está em silêncio. E de repente, ouve-se: “quando eu morrer não quero choro nem vela”, elas se olham. -         Quem disse