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Mostrando postagens de abril, 2008

avesso

Meu avesso, te encaixo em meus versos para me entreter. Passado o tempo, vejo-me cada vez mais em você, atravesso os dias a procura de repostas, palavras que nomeiem tanto amor e gratidão pela sensação de ser traduzida no mínimo gesto, através do olhar que sorri...

ações transitivas, pouco explicativas

Cansada, mente fatigada, corpo a espera de conforto e calor... do meu calor, do seu calor... a espera de algo que aconchegue o dia-a-dia. Dias e dias preenchida de vida em busca de palavras que nomeiem o simbólico desse meu viver... cansada de objetividade, dos mecanicismos corriqueiros, de uma rede que me engedra virtualmente, sufoca minha mente... espero encontrar ações terminadas em ar... arriscando-me na corrida da vida que gira, na gira do mundo busco meu "cosmos" e caminho ao que me fortalece, ao encontro daquilo que acredito e quero ações transitivas concluidas em er... simplesmente ser...

quando ele aparecer...

Maravia Ô maravia ô maraviá O amor dos outros chega e o meu não quer chegar Quando ele aparecer meu coração vai parar Ai ai ai ai .... vai parar Ai ai ai ai .....vai parar Eu inda vejo todo dia no riacho Quando chega a boquinha da noite Eu deito debaixo do umbuzeiro Eu fecho os óio ele entonce me aparece O meu corpo se estremece Fica queimando que nem um braseiro... (Dilú Melo / Jairo José)
numa folha em branco, palavras se jogam para dançar poemas...sem se saberem na ordem, desorganizam-se, entoam alguns cantos, rememoram. Confundem-se, a verdade se engraça e se esconde na brincadeira, não se sabem... se inclocuem na exatidão daquilo que lhe é reto...oblicam-se no pára-peito da varanda para ver vidas que passam e se carregam junto ao ar... palavras traçam a transparência dos corpos que caminham em busca do encontrar....

na estrada da vida

Fui ao encontro, aos encontros, ao en-canto, ao en-contos...contados os dias, contadas as horas, repentina alegria, encontrei-me com a Bahia, cheia dos santos... sonhos apriendidos pelo amor, daquele que amou as danças das letras, cantadas pelo baiano que transformaram-se em doces do mar...mar morto, mar-torto, mar-oco. Do vazio do mar, as holandas, as amazonas, as africanas preenchidas nas descobertas, encobertas pelos poemas tropicais que se exibem nas varandas... flores- mulheres, lindas crianças, paisagens, homens que partem em busca da identidade... amadas donas de jardins, amados "vadins", vagos marinheiros que tecem as redes nessa tenda de milagres...aonde estão os contos? aonde estão os pontos? aonde estão os santos?

gotejando-se

da varanda vejo traços de terras das flores de lua-anda... meus olhos pisam as folhas secas que outonam rumo a vereda da dança que o vento propõe. Sim, ele propõe os sons e a dança que alguém lá do além mar dança e canta... observadora da dança, o corpo preenche o espaço-tempo do vazio da varanda...