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Mostrando postagens de setembro, 2011

vozes

não sou dada a fanatismos sou dada a fantasiar lido com os meus fantasmas, sempre os ouço, eles tem história a me contar os escuto canto para alcamar a voz de dentro com o eco da de fora

te escuto

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um eterno aprendizar silencioso mesmo sem esperar, bate à minha porta te recebo, te escuto coração aberto marejando gotejando em saudade

ensaio IX - Eu me “remexo” muito

Quem não sabe mais o que é nem onde está, é porque precisa se mexer. Embora o aforismo pareça extenso e confuso, ele resume o quadro de revoluções do mundo atual. Quando não nos reconhecemos mais como sociedade, é preciso fazer barulho. Tal como numa história, os monstros do deserto são substituídos por jovens cavalheiros e damas, ao invés de espadas empunham panelas, sprays e faixas com frases de libertação. Mais uma vez, na história humana, o desejo por mudança se revela e se refaz nas praças públicas das cidades. Não estou a falar de metrópoles, falo de países que de tão pequenos nem sempre figuravam as capas dos jornais e principais manchetes televisivas, mas quando o povo ganha as ruas e praças públicas, ao invés dos cânticos e orações religiosas ecoa aos quatro ventos-cantos do mundo os gritos por transformação. Chega de intolerância! Chega de censura! Chega de dureza, miséria e corrupção! O cenário é árido. Mas não são seres de pedras, duros e rudes. Se preciso for torn

rioventando

como um rio que corre pelo tempo me vou sendo casa tecendo moradas palavrarteando faço dos versos instrumentos semântica é a semente que canta vou de-canto-en-canto compreendendo os passos e a dimensão de ser barcorpo preechendo o oco de existir de-vir-ir sem muitos sentidos atravessando o presente deixando rastro nas correntezas de incertas certezas que as delicadezas, minhas desenham no existir

africanções

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maressências

no estudo ao qual me propus, sigo ele me conduz, me encaminha aos recântaros de luz as janelas iluminam as prateleiras no mapa da caminhada cada obra encontrada é uma atravessia a ser feita cada vez mais fundo a mensagem enviada o silêncio me isola a travessia do mar, ainda feita em sonho peço para ficar longe saudade e entrega tempo, te convoco em nossos acordos sonhos resgato a memória

D-Ela

no exercício de ser quem está pois ja não sou desde que nasci mas, sei que estou em constante balançar exercito a natureza da Lua filha das Deusas que sou me encontro no panteão de todas elas sou filha do Sol recebo as emanações  coração compassado, pouco a pouco vou descobrindo os encantamentos em equilíbrio e elegância desvendo as nuances de ser luz e ser sombra irradiada em alegria vou passariando ser-e-ando... com as lunações que (me)despertam

Ser-e-Ar

hoje olhei para o céu vi a Lua sorrir para mim Ela tem muitas faces como se atravessasse o oceano embarco num mar de saudade "quando a Lua sorri é porque ela está a segurar a chuva" é o que ele diz dos dizeres de sua Terra ouço a voz-lembrança aquecer o coração a saudade é fruto do mar eu sou feita de mar me re-fazendo em sonhos e desejos vou caminhando sem perder o rumo ainda que anuviada pela chuva eu seguro os mares que carrego dentro de mim ouços os cantos que banham o meu peito inundada por lembranças circundada por desejos aguardo o momento de atravessar há flores e pedras-luzes no caminho talvez, eu seja capaz de voar se eu passarar,  eu passarando não segurarei mais chuva dentro de mim ainda olho para a Lua Ela está a me ensinar a ser Ar