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Mostrando postagens de agosto, 2009

constru-ação

ela dorme. olhos cerrados ela se pergunta por onde começar. turbilhão de pensamentos, querências e sonhos caminhos de pedras invisíveis feitas de luz caminha. amanhece, recebe os carinhos do guardião amor puro, leal e verdadeiro. observa os olhinhos arregalados e nariz gelado. ronron. ela se apronta. no caminho traça as palavras que devem ser escrita. mergulhada em meios aos livros, tece a rede de informação. lembra o número grafado no vapor. dentro dela calor, de um corpo que espera o amor-novo respira, observa seus pensamentos, desejos não há espaço, não abre brecha. apenas observa. inter-age, comunica a ação externa. interliga e observa. guarda-se e se prepara para o novo amanhecer ao amor que virá: apenas quer que saiba que está: pronta, serena e construindo sabedoria

inusitado

calça jeans, mochila, casaco preto. Ela está atrasada. chuva, frio, sono e a pressa de chegar o quanto antes. roda a catraca e coloca-se próximo à porta, afim de evitar tumulto. observa os passageiros, inventa história, olha lá fora... o vidro embaçado, caras fechadas, olhos anciosos focam o relógio. observa. à sua frente um rapaz, tatuagem no braço: um texto indecifrável, olha na sua direção. ela observa. ele tira a malha, dobra a camisa e olha em sua direção. ela observa, curiosa. nos pensamentos inventa história, relembra algumas histórias. uma moça se levanta, ela senta e observa. vidros embaçados. "Posso abrir um pouco a janela?" "sim". ela abre e sente o ar mínimo entrar. a moça se levanta, ao seu lado: vazio. ele levanta e pede para se sentar. ela cede o espaço, ele senta, abre a janela. ela observa. ele desenha no vapor do vidro, ela observa. números, ela observa e memoriza os escritos. ela ri, internamente. pega o celular e grava o número. ele observa. ela

ex-istencial - essencial

cansada canções que surgem do nada um nada que não é vazio, em meu vaso de poesias, frase, versos e muscicalidades brotam, floram e espinham existencialismos, feminices existo e isso me basta. se me descubro a cada instante, é sinal de que há mudança se muda se dança apenas existo sem retiscências, vírgulas em demasia pontuo a vida traduzida na escrita colorida, monocromática polifônica, afinada afim de descobrir um tudo de possibilidades infinitas escolhas e eu nas múltiplas minhas sendo apenas uma.

deste lado

é noite. sala cheia... perco seu rosto no meio de tantos outros... ele acompanhado...ela do seu lado eu lado a lado com a expectativa, encanto desajustados... a paixão que brotava e me divertia... eu esclarecida, com frio na barriga daquele lado sem saber o que se passa aqui: vento... palavras...

encanto

nas idas e vindas deste renascimento o encontro na jornada, tão sábio tão sensível...meus olhos atentos encantada... não sei como seguir... há muito que não me sentia assim frio na barriga ele visita meus pensamentos eu respiro e deixo-o seguir e criar as histórias

aniversariando

como guardiã de minha essência, crio o meu renascimento Conduzindo o movimento mentalizo e vibro na LUZ Recrio um novo ser...o pulsar diminui para que eu possa compreender o ritmo e as cores: azul, lilás, verde, violeta, amarelo...branco Os arcos coloridos me transpõem e me conduzem rumo aos aprendizados Semeio na minha auto-existência um novo florescer, um novo amanhecer neste estado de plenitude O horizonte cinza e vertical me conduz e dá novos rumos poéticos, musicais, entoo o desejo e a intuição de estabelecer-criar novos caminhos Em outros solos, outros ares... semeio para multiplicar meus espaços criartísticos nas minhas vinte-quatro trajetórias, faces e artes conduzo o meu trilhar: no AMOR Ouço em silêncio aos seus ensinamentos de olhos mergulhados na (a)maré agradeço aos que vieram antes de antes de mim pois sou desdobramento dos encontros e acertos dos geraram a tradição, a história, a família Dos aprendizados filtros os erros, transformo-os em acertos e desenho um novo recome