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Mostrando postagens de janeiro, 2013

cor,dor, amor

no quando resolvi escrever amor mergulhei nos sentidos sobre a mesa algumas memórias dor do amor o que me fiz foi encontrar com o que compor para o amor tudo que escolhi traçá-lo e alinhavá-lo nos contornos de amor em mim se fez e refez lápis de cor nas escritas de amor

em terra, sendo pedra

eu ja fui pedra, eu ja fui por onde a água escorre toca e cintila o borbulhar eu ja fui, eu ja fui pedra caminhos ásperos, escorregadios eu ja fui, eu pedra ja fui morada de plantas, lodo pantano, eu ja fui eu ja pedra, eu ja fui das ondas que me cobriam e das ásperas areia se fez eu ja fui pedra, eu sei hoje sentada na beira d'água em terra de corpo cor pedra sendo sou o destino da água em meu corpo é perfurar a pedra que fui e a pedra que ainda estou

levitações

o tempo em outras paragens ele para e congela a paisagem ainda sim o vento, venta o que estava lá, permanece muda, silencia as raizes por mais profundas que são rebentam a terra abrem o espaço lá das alturas o equilíbrio se desfaz nas gravidades no fundo,  caminhar é um jeito que inventamos de colocar o ar em movimento
é como se o corpo virasse pedra cristalizações das profundezas por onde as gotas derramam furam o solo que se parece impermeável quando não se tem o que dizer os endurecimentos gotejam silêncios às vezes, é tudo que se tem: um corpo que reaprende em luz
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fui conversar com as águas lá, a terra me falou brota-te,  convoca-me em louvor ali, me fiz semente