gotas de mim


como se meus dedos ja não contassem mais o tempo que te esperei
relembrei do acordo feito comigo, tempo-meu
visitei e arrumei o templo-meu para que recebesse o calor do amor-seu
no tempo natural e dito-me universal, areei...
gotas de contas (dos dedos que contavam a sua espera), gotejaram de mim...
visitei o núcleo que gera a vida...areei, mais uma vez...
mapei os desertos preenchidos de calor-amor
vasculhei-me em ti, no nosso começo-sem-fim
de mãos-corações atados, vejo-me ao teu lado
meu tempo, meu templo, meu amor templário...
que me faz discorrer em múltiplas sutilezas
areia-me em meu-seu corpo
redesenhando-me no espaço-tempo de seus olhos-luz
leva-me em teus braços, preencho-me nos seus espaços
em areia-água-fogo me movo entre seus suspiros
gotejo-me no sabor-seu que acesso em meu corpo
sinto, sei que está comigo

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