a se a

as palavras resolveram pular-me
pulsadas nesse redemoinho coração
quero silenciar-me, elas palpitam-me
precipito-me?

o amor é um precipício
braços abertos, convertidos em asas
nessa casa-corpo, o coração é uma brasa
a se ao invés de escrever-me
eu... você...


deixo o silêncio desse pensamento
viajar-me
o porto-destino sempre é o coração
o meu... o seu...

a se a palavra aqui dita
se converte-se em toque
em mim... em você

a se a alma em nós
despertada
traduzida no silêncio
em... corpos em sons

a se a boca desse conta
de desaguar o desejo
tantos atravessamentos
o tempo...

a se ao invés de escrever
as palavras virassem toque
escorressem nos corpos
dissolvessem os ossos nossos
nos deixando em nós
sós, apenas nós.


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