alvorada

há muito que o coração não goteja
desaprendera a verter
os olhos por mais marinados, embarcam no horizonte
sem lamento triste, coração
aprende a respirar
abre espaços para que os filamentos-vidas transitem
a pele úmida serve de papel
o músculo pulsa e traz os alinhamentos
silêncio
distanciamentos
para serenar os aprimoramentos
faz tempo que o coração falador
não barulhava
a presença do outro trouxe novos espaços
tirou o que precisava ser tirado
sem habitar, deixou ser orbitado
agora em silêncio
ouço os meus ecos 
abro caminhos e vou me-habitando

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