percebendo as extensões de mim
me pergunto: para onde seguir
viagens longas sem rumo certo
me dão medo
em meio a escuridão quase sucumbo
há dor, muita dor
pensamentos que fazem forma
criam vida dentro de mim
fantasmas criados, inventados
revisitados
morro

observo o caminho que meu espírito faz
onde há sombra, há luz
canto
as palavras tropeçam na minha boca
meu dentes, esbarram 
o que fiz com a minha identidade?
sigo na viagem
respiro mais fundo
vou mais profundo

profundezas minhas
onde acabo?
não sei...
o que decodifico?
o fim
é preciso ter firmeza no viver
sou forte?
fraquezas...
são muitas as que moram dentro de mim
diante da minha derrota
observo os erros
foram muitas as tentativas de acerto

por certo...
recebo a mudança
sou convidada a mover-me
sair do lugar comum
morro, mais uma vez
há muito a ser escrito
correspondo meus pensamentos
os mais íntimos desejos de movimento

movimentos...
são os ventos que nascem de dentro
dentro - entro nas entranhas
estranha
ja não me reconheço
respiro
cavo espaço
velo zelo rezo
por mim
por todas as minhas partes

quantas fui?
a morte como obsessão 
única certeza
tarefa certa:
nascemos para morrer
mas, antes é preciso transformar
releio e reescrevo a trajetória

se sou amor e luz
integro a sombra
ela compõe 
me ajuda compreender
fragmentos
na intensidade do meu caminhar
observo o horizonte que se descortina
e me convida a escolher

seguir em frente
requer que afinamentos de mim
se refinem mais e mais
com a luz
com o amor
conecto-me
peço e agradeço a proteção
dons

reaprendo
me recebendo
sem me deixar perder
nos labirintos da mente
danço com a sinapse

vou...

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