balanço

é assim
é o fim de uma parte da jornada
eu nova, diante da velha
me despeço
peço pela ordem
uma nova ordem
não me sou mais no que fui antes
sem amargor
sem amar-dor
desarmo

observo
relevo
repenso
despedaçamentos
são os pedaços de pensamentos que jorram
pulsam do amor
e saem a procura do aprendizado

matéria
corpo vivo
corpo vivo, logo existo
disciplina
mente que mente
inquieta
silencio e gotejo

há muito que me curo
incurável...porém transformável!
a cada ação-forma
transitos
entre a luz e sombra que sou
partes de mim morrem
revisitos os milênios vividos
eu jovem
sigo

numa estrada de pedras
luz
pontes coloridas
sete flechas
sete setas brilhantes
me guia numa nova ordem
o que aprendo divido
segredo
guardo

canto os encantos
aos que querem ouvir
canto palavras
aqui escritas
para além de mim poetizadas
a tela pintada
traduz o coração

a rosa trago escondida no nome
junto à minha árvore da vida
florescendo
e aprendendo
errando, buscando os acertos
sendo cobrada
respiro

a cabeça pesa
o corpo busca movimento
respiro
crio espaço
por não ser mais a mesma
algo não me cabe mais
sorrio
me despeço
sem medo
sigo

não mais como cega
enxergo
aprendo a observar
lapidar os pensamentos
corpo-coração
espírito
conjugam o meu novo-velho
verbo desafiador:
viver e amar
aguar
prosperar e integrar
ventar
coletivar e compartilhar
inovar
foguear
e sempre, sempre
agradecer

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