desarmando-me no a-mar

pouco a pouco...aqui
as palavras se desdobram
tentam traduzir
o meu seguir
olhos lavados
deixo que algo que nem sei o nome
derreta e parta de mim
sem me partir, observo
vejo o medo em ter firmeza e seguir
guardar a mim
é guardar uma parte todo de mim
aqueço-me, sol que nasce aqui
per-mi-tir...
permear os caminhos que me fazem
me gestam
sentir...
sen-tir
sem me deixar ir ao passado
visito a antiga e a olho com compaixão
ela me observa e caminha junto
trans-for-ma-ação
sem reagir ao hiato do coração
deixo que os olhos lavem a pele
reconheço-me
na linguagem silenciosa
sinto a história sendo escrita em braille
tateio o teclado
o som agudo e ágil da tradução
desdobro e observo a visão
agora limpa
fui água escorrida de mim
olhos atentos
coração aberto
e a firmeza de estar no sentido certo
respiro e aos poucos silencio
e sigo na dança do mar
me desarmando para amar

Comentários

Professor Frank disse…
Superou-se, darling!!! Tocante, profundo e sincero!!!

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