balanço


na sexta parte do ano em que o tempo é arte, me harmonizei. Nas horas que findam o ano em que o tempo é dinheiro, Balanço. Evoco o meu balanço e vejo o caminho percorrido...
amor-paixão desfeitos, vivido e findado com respeito e tempestade nos olhos, de ambos. À beira do pássaro branco represado, o diálogo aberto, sincero da paixão-amor que me ensinou o quão piegas e íntegro é o ato de amar, a crença e a fé de sermos zelados pela Força Divina. Dos olhos que carregavam o azul do céu me despedi, do violão belamente dedilhado que musicava as minhas tardes, me despeço e agradeço a companhia-aprendizado.
chamo-xamã, faço-me xamã e na chama do fogo queimei as dores, os rancores, fimei-me no amor e no meu Ser, serenei...areei, me co-criei entre cânticos, "alma chicoteada", refiz-me em luz, enraizei, aterrei os passo palavras pensamentos sentimentos...sou o que sou no Amor, sempre!
aceitei o passado-presente-futuro do amor antigo, que se refez novo a cada encontro e ja se refaz passado novamente...interroguei-me quantos são os caminhos que serão percorridos por esse amor? Passou, passa...passará...amar...apenas sigo o meu caminho naquilo que acredito.
das turmalinas a passagem efêmera e reveladora... aquele que traz o lindo do mar em seu nome me mostra o quão atraente a naturalidade de meu ser pode ser.
percebo e aceito os meus movimentos sendo encarados de outra forma... A mente serena para deixar transparecer e receber a menina quese re-faz e se transforma em Mulher. Corpo, olhos, boca, cabelo...ondulações, curvas, caminhos que descubro a cada segundo acordado...aceito e apriendo a tarefa de cuidar e zelar pela-na feminilidade.
cantos, danças e agradecimentos eternos à Mãe, à minha mãe que me gestou e gesta com palavras fio-condutoras da minha história... Sábias palavras da sacerdotisa que desde o útero professou-semeou o amor e respeito no meu ser.
hoje, eu a entendo e amo-lhe mais, admiro, cuido e semeamos juntas este eterno aprendizado de caminharmos e irradiarmos luz... Trilhamos e abrimos os caminhos da menina -xamã que carrega o fogo no nome.
texto desconstruido, reconstituido da escrita reaprendida. Desafio-me na comunicação: um dom...talento aceito, descoberto e em constante movimento. As palavras resignificadas, recriadas e compartilhadas no espaço-ciber, no tempo-oral.
renasci nos diversos movimentos. Sorri e serenei no caos da mente, para o caos de fora...perdoei, me perdoei...compreendi o mundo exterior tão interior e tão co-criador...Atravessei os portais, caminhei sob o arco-iris...transpareci na alegria!
Colorindo o labirintos da vida reencontrei novos-velhos amigos... mestres, cada um com o seu ensinamento... redescobrindo e reaprendendo com-no coletivo e a criação na comunicação de cada uma das singularidades, sem dor, sem sofrimento...mas, com muito respeito...amigos-mestres!
vigiando o som que sai da boca-portal e centrando o pensamento, nada de desvios...como um peixe nado rumo ao caminho certo. No erro: a tentativa constante de acerto, disciplino... aprendo a ser discipula de si, de mim...estar comigo uma eterna diversão, de ser uma em multiplas funções e estar numa só, só comigo e ser inteira para receber o que a vida tem a me dar-presentear.
centro o pensamento, liberto a mente das pequenas prisões cotidianas. Escolho o que será iluminado e deixo que as flores de meu jardim perfumem a vida e o meu redor ... que venha e viva o novo que chega!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

vin'Olhar

dis-parada