as palavras aqui escritas, incompreendidas
incompreender
compreender... prender...render...ser
renascer...
o amor se apresenta, inesperado para mim
inesperado... a espera interior, anterior
a qualquer palavra
confusa estou a cada abrir das mensagens
tudo novo para mim
amor idealizado? amor materializado
no corpo, olhar, pele, nos sentidos meus
amor dissolvido, sufocante para ele
na planta de nossas mãos: o mesmo caminho
as estradas rumam cada uma para um lado
bifurcações da vida
as árvores criam raízes
elas se desenham por debaixo da terra
sem que possa vê-las, rumam para outras direções
eu ja não o fazia feliz
ele me fez (faz) feliz, infeliz
infelicidade...a felicidade interiorizada
hoje eu acordei e entendi que o amor atravessou a rua
em calçadas opostas
essa foi a história
eu só comigo, só
apriendendo-me, harmonizando-me

Comentários

Unknown disse…
estou sensibilizado pelas suas palavras, especialmente quando vc diz " hoje acordei e entendi que o amor atravessou a rua(...)"
acho que vc se delata nas palavras, dá pra te ver atraves delas
axé
Alfia disse…
Maitê, lindo seu poema!
A vida vive nos lançando em calçadas opostas. No entanto, a beleza de viver está no fazer e (re)fazer caminhos que nos deixam sós para apriendermo-nos e harmonizarmo-nos, para num momento seguinte lançarmo-nos a outras calçadas... e mais calçadas... mais calçadas... até que finalmente se alinhem corações na mesma calçada... ou não! Mas mesmo assim valeu o tempo de procura.
bjs
Alfia

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