à antiga

despeço-me de ti, minha antiga
poetizo a minha gratidão pelos caminhos percorridos
deixo-a ir, desapego-me
para que você possa retornar ao seu lugar
clamo para que a grande mãe te receba
te acolha e transmuta...tempo,
ja em tempo de te deixar ir
agradeço pelo aprendizado,
pelos medos, receios, ansiedade
tudo para que me encontrasse
em minha felicidade.
nessa dificil tarefa de ser nova, renascida
deixo-te ir para sua verdadeira casa
que não mais é a minha, meu templo
ja não nos cabemos mais uma na outra
ja sei aonde terminamos
eu nova, não mais com a minha antiga
limpo a poeira que você deixou,
me despeço dessa insegurança
que transforma meu sol em neblina
não chovo mais em mim
antiga, dou adeus a ti que se fantasiasse
e me deu a face de amiga
guardo em minha lembrança,
agradeço-lhe a paciência
pelos ensinamentos,
por permitir que escolhesse
e por pedir para ir...
me fazer agir diante de mim
deixo-a ir, transformo-te em linhas
letras coloridas que registram a vida
ah! antiga, não mais minha e sim da terra
dentro de mim não há mais guerra
simplesmente sou, o que sou
antiga-não-mais-minha
sou nova, renascida,
afirmo-me em palavras
materializadas para que concretizadas
na rede, possam ser compartilhadas
adeus antiga
siga e transforme-se no útero da grande mãe...
adeus antiga, adeus!

Comentários

Adriana Farias disse…
Oi Maitê!! Finalmente eu apareci aqui no seu blog e por sinal gostei bastante. Ele inspira muita criatividade e calmaria heheheh.

E que fofa você linkou o meu blog! Retribuirei a gentileza.

Até mais! Bjs

Postagens mais visitadas deste blog

vin'Olhar

dis-parada